Coordenação reforça que pacientes com sintomas leves devem procurar as Unidades de Saúde da Família, evitando a UPA
A coordenadora das Unidades de Saúde da Família (ESF) em Araxá, Natália Lima, participou do Imbiara Notícias para esclarecer como está funcionando o atendimento aos pacientes com suspeita de dengue nas unidades da rede municipal.
Segundo Natália, todas as unidades ESF estão preparadas para receber esses pacientes, sendo essa a porta de entrada oficial para quem apresenta sintomas da doença. “A pessoa deve procurar a unidade de saúde da família mais próxima de casa, onde será acolhida e atendida. As equipes também realizam o hemograma, quando necessário, com resultado disponível no mesmo dia”, explicou.
Ela orienta que, ao procurar atendimento, é importante levar documentos pessoais e o cartão do SUS. “Na hora de relatar os sintomas, o ideal é descrever tudo o que está sentindo, para facilitar a avaliação”, acrescentou.
Entre os sintomas mais comuns da dengue estão febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor nas articulações e manchas pelo corpo.
Natália Lima, coordenadora geral das ESF's em Araxá. Foto: Caio César
Natália destacou que o atendimento segue um fluxo padronizado pelo Ministério da Saúde. Pacientes sem sinais de gravidade são acompanhados na própria unidade. “Mesmo que os sintomas sejam leves no início, é importante o retorno à unidade para acompanhamento, pois a doença pode evoluir. Isso é feito de forma agendada e próxima da casa do paciente, o que facilita o acesso”, ressaltou.
Ela também reforçou que a prevenção da dengue deve acontecer durante o ano todo. “O perfil da doença mudou. Hoje temos casos o ano inteiro. É fundamental que cada um faça sua parte e dedique, pelo menos, 10 minutos por semana para revisar o quintal e eliminar criadouros do mosquito”, disse.
Sobre a procura por atendimento, Natália orientou que a população evite ir diretamente à UPA. “A maioria dos pacientes pode ser atendida nas ESFs. Apenas os casos mais graves, com comprometimento de órgãos, são encaminhados para a UPA”, explicou.
A classificação segue os grupos preconizados pelo Ministério da Saúde:
Grupo A: pacientes sem comorbidades, acompanhados na unidade de saúde;
Grupo B: pacientes com fatores de risco, como idosos, são encaminhados para as AMEs (Leste ou Norte);
Grupos C e D: casos mais graves, são encaminhados para a UPA.
Segundo o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde, Araxá tem 560 casos confirmados de dengue e 692 casos prováveis.