por Luis Borges,
O Portal Imbiara postou em 27/02 uma matéria sobre a situação de abandono em que se encontra o Hotel Colombo, de propriedade da Prefeitura Municipal de Araxá, localizado no Distrito do Barreiro. Inegavelmente a matéria chama a atenção para o descaso e mostra que é preciso uma solução rápida para tantos problemas ali existentes.
Pensando bem, esta é uma ótima oportunidade para observarmos como está a manutenção e vitalidade de diversos bens materiais e imateriais do Município de Araxá.
Vale lembrar que a cidade foi emancipada politicamente em 19 de dezembro 1865 e que de lá para cá se passaram 158 anos de sobrevivência, manutenção, crescimento e desenvolvimento. A população chegou a 111.691 habitantes segundo o recenseamento do IBGE de 2022.
Ainda é uma discussão aberta a vocação turística do Município e o tamanho que ela poderia ter para alavancar a economia e gerar trabalho e renda. Mas, o que o turista poderia ver em Araxá durante sua estadia num final de semana, num feriado prolongado ou num período de férias, por exemplo? O que ele poderia visitar e conhecer mais de perto no que tange ao Patrimônio Histórico do Município?
Será que existem condições objetivas para que isto possa acontecer com um padrão de qualidade que atenda às necessidades e expectativas dos visitantes, principalmente aos sábados e domingos? Imaginemos o comércio e a prestação de serviços focados no turismo em pleno funcionamento.
Quem visitar o site da Fundação Cultural Calmon Barreto poderá ver informações sobre o Patrimônio Histórico do Município já tombado e de outros bens inventariados para um futuro tombamento.
Fazem parte do patrimônio de bens imóveis tombados a Igreja Matriz de São Domingos, a Igreja de São Sebastião, o Grande Hotel e Termas do Barreiro, o antigo Banco Nacional na rua Olegário Maciel, o Cine Teatro Brasil também na rua Olegário Maciel, a Estação do Trem de Ferro no Distrito de Itaipu, a fachada do Colégio São Domingos, o prédio da Fundação Cultural Calmon Barreto, antiga Estação Ferroviária, o Museu Histórico de Araxá - Dona Beja, a Praça Governador Valadares e o Palácio Nagib Feres, antiga Câmara de Vereadores.
O bem móvel tombado é a Imagem de Nossa Senhora do Rosário que fica lá na Igreja do Rosário.
Entre os vários bens inventariados podemos destacar o Casarão de Henriqueta Batista Machado, Dona Queta, situado à rua Mário Campos, 187, o Casarão da Av. Imbiara, 940, residência da família de João Ribeiro de Souza, a residência da Praça Governador Valadares, 415 , antiga Praça da Conceição, a Praça Governador Valadares, 84, antiga residência de Calimério Guimarães, o Casarão da rua Dr. Franklin de Castro, 83 , a Casa França - rua Dr. Franklin de Castro, 147 e o Casarão da rua Alexandre Gondim, 112.
Vale também chamar a atenção para significativos patrimônios do município como a Capela Mártir Filomena e lá no Distrito do Barreiro a Capela de Jesus Crucificado que fica ao lado do Hotel Colombo juntamente com o próprio hotel, a Cascatinha, o que ainda existe do Hotel Rádio, as Fontes de Água Radioativa e Sulfurosa e o Lago Norte.
No centro da cidade merecem atenção o Museu Sacro da Igreja de São Sebastião, o Cemitério das Paineiras e a faixada da Santa Casa de Misericórdia.
Entre os bens imateriais temos diversos doces a começar pela ambrosia, queijos, cachaças, por exemplo.
E você, caro leitor, pode citar outros bens que precisam ser preservados e que não foram lembrados nessa pensata?
O que pode ser feito para a melhor preservação do Patrimônio Histórico de Araxá a partir da Prefeitura Municipal e Fundação Calmon Barreto num processo que conte com a participação dos diversos setores da comunidade?
