Presidente Bosco Júnior terá 10 dias para prestar informações referente a decisão do juiz após Mandado de segurança impetrado por oito vereadores em relação a CPI que investiga a Secretaria de Agricultura
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada em Araxá no dia 28 de março, onde segundo a justificativa apresentada para a implantação seria devido à gravidade da situação exposta pela “Operação Ourímetro”, desencadeada pela Polícia Civil que investiga crimes de peculato, corrupção ativa, passiva, falsidade ideológica, tráfico de influência e organização criminosa, supostamente praticados por agentes públicos municipais, empresários e prestadores de serviços.
Na última sexta-feira (7), oito vereadores considerados da base do prefeito na Câmara Municipal de Araxá, entraram com um pedido na justiça de Mandado de Segurança contra a Câmara Municipal e seu presidente, Bosco Junior.
O documento de 12 páginas relata supostas falhas e ilegalidades cometidas pelo presidente Bosco Júnior, ao instalar a CPI, como análise dos Requisitos Regimentais e Constitucionais, erro no procedimento de composição da CPI, segundo o pedido o presidente da Câmara contrariou as disposições regimentais no momento do sorteio e da definição dos vereadores que poderiam compor a CPI.
O pedido do Mandado de Segurança foi recebido pelo juiz de Direito, Saulo Carneiro Roque, que nesta segunda-feira (12) emitiu uma decisão, onde defere a liminar pleiteada e determinou a suspensão dos atos da CPI, até que novas deliberações sejam realizadas pelo juiz. A Câmara e o presidente serão intimados e notificados a darem informações em um prazo de 10 dias. A decisão também será encaminhada ao Ministério Público para posterior manifestação.
Procurados, a Assessoria de Comunicação da Câmara e o presidente Bosco Júnior informaram que ainda não foram intimados formalmente e assim que acontecer poderão se pronunciar.
O Portal Imbiara conversou com as assessorias dos vereadores, que entraram com o Mandado de Segurança, Wellington da Bit, Raphael Rios, Evaldo do Ferrocarril, Jairinho Borges, Pastor Moacir, João Veras, Dirley da Escolinha, e Alexandre Irmãos Paula, porém até o momento todos os oito preferiram não se manifestar.
Leia mais sobre a “Operação Ourímetro” e a CPI:
CPI que irá investigar denúncias da Secretaria de Agricultura é instaurada na Câmara de Araxá
Polícia Civil apura desvios na Secretaria de Agricultura de Araxá que podem chegar a R$ 4 milhões