De 20% o percentual da representatividade feminina agora é de 13%
A cidade de Araxá reelegeu duas mulheres para a nova composição da Câmara de Vereadores: Fernanda Castelha (PDT), que recebeu 1.898 votos, e Maristela Dutra (PRD) (627 votos). Com apenas essas duas representantes femininas entre os 15 vereadores, a participação das mulheres será de aproximadamente 13% no próximo mandato, que inicia em 2025. Esse número é inferior ao atual, que conta com três vereadoras: além de Fernanda e Maristela, a vereadora Leni Nobre (PT) também ocupa uma cadeira, o que eleva o percentual feminino para 20% até o final deste ano.
Essa diminuição no número de mulheres eleitas em Araxá reflete uma tendência mais ampla observada nas eleições municipais de 2024 em Minas Gerais e no Brasil. A representatividade feminina na política, apesar de avanços ao longo dos anos, ainda é baixa quando comparada ao número de homens eleitos.
Em Minas Gerais, as eleições municipais de 2024 também apresentaram um desafio para a representatividade feminina. Dados preliminares indicam que, apesar de uma leve alta no número de candidaturas de mulheres, o número de eleitas ainda não acompanhou o crescimento esperado. Na última eleição municipal (2020), apenas 17% dos eleitos para as Câmaras Municipais do estado foram mulheres, e as projeções para 2024 seguem a mesma tendência.
Nacionalmente, o cenário não é muito diferente. No Brasil, a participação de mulheres eleitas nas Câmaras Municipais em 2020 foi de apenas 16%, mesmo com a legislação que estabelece a reserva de 30% das candidaturas para o gênero feminino. O desafio, no entanto, é converter essa cota de candidaturas em cargos efetivamente ocupados. Para as eleições de 2024, os movimentos e organizações femininas seguiram atuando em busca de maior visibilidade, incentivo e apoio às candidatas, mas os resultados mostram que ainda há muito a ser feito para uma igualdade mais significativa nas esferas políticas.