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Postado em: 27/01/2025 - 15:34 Última atualização: 27/01/2025 - 15:42
Por: Alex Sander Xexéu - Portal Imbiara

Polícia Civil descarta crime e suposto sequestro de jovem que desapareceu em Araxá na última sexta (24)

A PC disse que depoimento do jovem não bate informações

João Augusto, 21 anos, foi encontrado na última sexta (24). Foto: Redes Sociais

Em nota enviada a reportagem do Grupo Imbiara de Comunicação, a Polícia Civil deu detalahes sobre o suposto crime de sequestro cometido contra o jovem João Augusto Chaves na última sexta-feira (24) em Araxá. De acordo com as informações., está descartada a possibilidade de sequestro ou crime cometido contra a vítima. 

Leia aqui: Ferido e com sinais de violência, jovem desaparecido é encontrado com vida em Araxá

A nota informa que 5 pessoas foram ouvidas, além do relato detalhado pelo jovem. A PC ainda disse que não foram encontrados vestigios de violência, lesões e agressões no corpo da vítima após exames realizados na Unidade de Pronto Atendimento a UPA de Araxá. 

Ainda de acordo com as informações da Polícia Civil, o jovem apareceu na casa de um familiar por volta de 18h de sexta (24) e não que foi localizado na região de mata. 

Leia os relatos apresentados pela Polícia em release:

"Na última sexta-feira (24), por volta das 10h30min, foi registrada ocorrência policial noticiando o desaparecimento do jovem João Augusto Chaves, de 21 anos de idade.

Segundo o que foi relatado pelos familiares do jovem, JOÃO AUGUSTO teria saído de casa por volta das 09h00min para trabalhar. Entretanto, neste horário ele enviou uma mensagem para a mãe com o dizer “SOCORRO” e não foi mais visto.

Assim, a partir da notícia do seu desaparecimento, foram realizadas diligências ao longo de todo o dia visando o esclarecimento dos fatos.

Já durante a noite, em torno das 18h00min, JOÃO AUGUSTO apareceu na casa de familiares e foi levado até a UPA local para realizar exames médicos. No local, ele conversou com a equipe de policiais da 2ª DRPC.

Em suma, JOÃO AUGUSTO alegou que quando deixava a sua casa, pela manhã, três homens que estavam em um carro sedã, na cor preta, teriam o ameaçado gravemente com uma arma de fogo e obrigado JOÃO AUGUSTO a caminhar até uma mata localizada a cerca de 4km da sua casa.

Na mata o jovem teria sido amarrado a uma árvore e submetido a horas de tortura física e psicológica. Em determinado momento, depois que os supostos agressores deixaram o local, JOAO AUGUSTO teria conseguido se desvencilhar das cordas e fugido.

Indagado sobre os supostos motivos que teriam levado os suspeitos a cometerem tais atos, JOÃO AUGUSTO informou que não havia se envolvido em nenhuma briga ou discussão em data recente. Afirmou que não é usuário de drogas e não teria dívidas com terceiras pessoas, além de ter declarado que acreditava que poderia ter sido confundido com outrem.

A partir das informações fornecidas pela vítima, policiais civis, militares e agentes do videomonitoramento municipal, procuraram e identificaram câmeras de vigilância instaladas no trajeto percorrido por ele.

De fato, as imagens obtidas mostraram JOÃO AUGUSTO caminhando por ruas e avenidas da cidade, sozinho, mas o suposto veículo onde estariam os agressores, que teria seguido o jovem no decorrer de todo o percurso, não foi identificado. Aliás, nenhum veículo com as características fornecidas por JOÃO AUGUSTO apareceu nas imagens.

Ademais, apesar de ter sido submetido a diversos exames médicos na UPA local, JOÃO AUGUSTO não apresentava nenhuma lesão corporal. Não foram identificadas marcas eventualmente causadas pelo atrito das cordas em seu corpo, não haviam equimoses, escoriações ou outro tipo de lesão correspondente à brutal violência que ele alegou ter sofrido.

Por fim, impende ressaltar que um fato chamou a atenção dos agentes de segurança: O trajeto percorrido por JOÃO AUGUSTO estava repleto de pessoas, veículos e estabelecimentos comerciais em funcionamento. Além disso, ele permaneceu desacompanhado durante todo o tempo, mas em nenhum momento o jovem pediu ajuda a alguém. Diante de todos os elementos que foram obtidos pela PCMG, foi descartada a existência dos fatos criminosos descritos pela vítima. 

As investigações prosseguem no sentido de compreender o que, de fato, ocorreu"

Em contato com o delegado responsável pelo caso Vinícius Ramalho; foi informado que não haverá entrevista sobre o caso.