Jovem vendeu o telefone para proprietário da loja de celulares que, segundo inquérito, é apontado como receptador
A 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil realizou o mandado de busca e apreensão na casa de um jovem de 20 anos identificado pelas iniciais E.G.E, nesta terça-feira (5) em Araxá. De acordo com o inquérito, essa pessoa está sendo apontada como responsável por roubo de um celular feito no último dia 30 de julho. A dinâmica do crime se refere a prática criminosa na rua Eurindo Barbosa de Lacerda, no bairro Pão de Açúcar, quando o suspeito de 20 anos abordou, agrediu a mulher das iniciais D.A.M, de 48 anos, e roubou a bolsa com celular.
Em entrevista ao Portal Imbiara, o delegado de Furtos e Roubos, Christiano Dib, destaca que a Polícia Civil realizou rastreamentos para localizar o celular utilizado pelo jovem. “Ele relatou ter adquirido esse celular em uma loja com sede no bairro Pão de Açúcar igualmente no local que ocorreu o crime. Chamamos o proprietário do estabelecimento (de 30 anos e das iniciais R.H.R.C) aqui, ele nos relatou que adquiriu o celular roubado e indicou a autoria. A partir daí realizamos o reconhecimento com a vítima dessa pessoa, ele foi reconhecido pela vítima sendo o autor desse crime e nós podemos apurar esse crime”, conta o delegado.
Segundo Dib, todo esse trabalho possibilitou a devolução do celular para a vítima. Segundo o delegado, esse investigado pelo roubo de celular é natural de Araxá e tem 20 anos. “Após a identificação nós identificamos pela prisão preventiva dele e foi deferido pelo Ministério Público e Poder Judiciário local. Ele é uma pessoa já conhecida no meio policial por outros furtos”.
Dib afirma que a facilidade de revender o celular por um preço mais baixo leva a pessoa a adquirir um celular roubado. “A pessoa que está visando o lucro no caso consideramos como receptador ou proprietário da loja. Ele tem que cercar das cautelas necessárias e comuns principalmente de um comerciante para verificar a origem ilícita desse aparelho. Ele vê que uma pessoa aparentemente usuária de drogas está vendendo um celular que esse próprio usuário não tenha condições de compra-lo e aparece com um preço abaixo do mercado, isso é um fato que sabiamente gera confiança”.
O delegado de Furtos e Roubos da Polícia Civil, Christiano Dib. Foto: Natália Fernandes/Portal Imbiara
Dib revela quanto o celular foi vendido conforme dito pelo receptador à Polícia Civil durante a oitiva. “No caso, o proprietário da loja disse que comprou por R$ 250,00, mas fato esse que nós acreditamos que compramos por um valor ainda menor. Ele vendeu o celular pelo dobro do preço para uma terceira pessoa que estava utilizando o celular e é de boa-fé. Visto que comprou na loja e acreditava na procedência do produto. Ainda considerando como verdadeiro o relato do próprio do estabelecimento, ele teve um lucro de 100% em cima de um celular”.
De acordo com o delegado, o receptador não será preso. “Ele só vem a ser preso acredito se vier a ficar caracterizado um dos requisitos da prisão preventiva e creio que nesse caso não será configurado. A receptação é um crime cometido sem violência e sem grave ameaça, por isso, geralmente os réus respondem em liberdade”.
Já o jovem de 20 anos foi preso enquadrado no artigo 157 do Código Penal. “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa”, relata o trecho da lei em relação ao crime.
O inquérito está em fase fina de conclusão e será remetido para apreciação do Ministério Público e Poder Judiciário. Conforme o delegado, é muito dificil de evitar um roubo nesse tipo de situação, mas orienta o que se deve fazer para não ser vítima. "Fica a dica maior de evitar transitar a pé em horários incompatíveis, principalmente à noite. Cuidado com os pertences, andar sempre acompanhado, de preferência e, se acontecer algum fato semelhante acionar imediatamente a Polícia Militar que vai providenciar as diligências do momento e, se for o caso, registrar o boletim de ocorrência tal como ocorreu nesse caso”, acrescenta o delegado.
