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Postado em: 14/08/2020 - 11:21 Última atualização: 14/08/2020 - 13:25
Por: Portal Imbiara

Polícia Civil de Araxá pede prorrogação da prisão dos envolvidos na operação Malebolge

Operação investiga o desvio de recursos públicos de mais de R$ 5 milhões da Prefeitura de Araxá; outras 17 pessoas serão ouvidas

Momento da prisão de um dos envolvidos na operação Malebolge. Foto: Portal Imbiara

A Polícia Civil de Araxá pediu à Justiça nessa quinta-feira (13), após os interrogatórios, a prorrogação da prisão temporária, por mais cinco dias, dos investigados que foram presos na operação "Malebolge". A operação, desencadeada pela Delegacia de Trânsito da cidade na última terça-feira (11), investiga desvios de recursos públicos estimados em mais de R$ 5 milhões, em contratos de uma empresa de transporte com a Prefeitura de Araxá.

Nos interrogatórios, acompanhados por advogados e dois promotores de Justiça, os presos investigados permaneceram em silêncio. Apenas uma suspeita presa não quis a presença de advogados. Os advogados argumentaram que não tiveram acesso aos autos do inquérito.

De acordo com o delegado Renato Alcino, que preside as investigações, os advogados receberam autorização judicial para acessar o inquérito, mas não procuraram pela unidade policial. No depoimento, os presos acusados foram orientados pelos advogados a se manterem calados. 

Cinco pessoas suspeitas foram presas na operação feita pela Polícia Civil, com o acompanhamento do Ministério Público.  Entre os presos estão a ex-secretária de Governo Lucimary Ávila, que hoje é Assessora Executiva 1 na Prefeitura de Araxá, e o marido dela, Leovander Gomes de Ávila, que ocupa o cargo de assessor 1 na Secretaria de Ação e Promoção Social. Um casal de sócios que administra a empresa investigada também foi preso na operação.

A Polícia Civil avalia a possibilidade de marcação de outro interrogatório, o que provavelmente não deve ocorrer. Os envolvidos tiveram a oportunidade de se manifestar e optaram por permanecer em silêncio, o que é um direito constitucional. 

A PCMG ressalta que a continuidade da prisão dos investigados é tida como imprescindível para o seguimento dos trabalhos policiais. Nos próximos dias, outras 17 pessoas serão ouvidas, a maioria servidores municipais. Se estivessem em liberdade, os presos acusados poderiam influir no depoimento dessas pessoas.