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Postado em: 20/08/2020 - 20:15 Última atualização: 21/08/2020 - 14:45
Por: Fernanda Marques

Segunda fase da operação Malebolge em Araxá prende mais duas pessoas

Operação investiga desvio de recursos públicos na Prefeitura da cidade; buscas e apreensões foram feitas em três imóveis

Delegado Renato Alcino (à direita) durante entrevista coletiva da operação

A operação “Malebolge”, que investiga o desvio de recursos públicos estimados em mais de R$ 5 milhões em contratos de uma empresa de transporte com a Prefeitura de Araxá, teve sua segunda fase desencadeada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (20).  Duas pessoas foram presas nessa segunda fase e buscas e apreensões foram feitas em três imóveis na cidade. Entre as pessoas presas, estão o filho de um casal de empresários acusado de desvio de recursos públicos da Prefeitura de Araxá e um contador da empresa.

Nessa segunda fase da operação, alguns documentos buscados foram encontrados na Prefeitura de Araxá e na casa de um dos investigados.

As duas pessoas presas nesta quinta-feira são suspeitas de forjar notas fiscais de prestação de serviços de transportes prestados à Prefeitura de Araxá e de transferência irregular de recursos entre a empresa investigada e uma outra empresa. Segundo a Polícia Civil, os documentos de contabilidade da empresa investigada eram adulterados. “Existem fortes suspeitas de que apenas 10%  das notas fiscais repassadas do serviços prestados à Prefeitura entravam na contabilidade da empresa”, diz o delegado Renato Alcino, responsável pela operação.

Na primeira fase, a Polícia Civil indiciou cinco pessoas presas na operação "Malebolge" por peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sendo duas delas apontadas como líderes do grupo. Os indiciados podem ser condenados a uma pena de até 71 anos de prisão.

Os presos indiciados na operação são os ex-servidores da Prefeitura de Araxá Lucimary de Fátima da Silva Ávila, Leovander Gomes de Ávila, Zeceli Campos Ribeiro e o casal proprietário da empresa.

O delegado de Trânsito de Araxá, Renato Alcino, responsável pela operação, afirmou que os indiciados faziam parte de uma organização criminosa que interferia e corrompia os processos de licitação de serviços de transportes contratados  pela Prefeitura da cidade.

A Polícia Civil ouviu também o depoimento de dois empresários, funcionários e ex-funcionários da prefeitura, além de dois ex-prefeitos da cidade. Todos foram ouvidos na investigação da venda de imóveis por meio de contrato de gaveta (sem registro em cartório) na operação.