Ao todo sete pessoas foram indiciadas nessa primeira fase da operação "Malebolge"
O delegado de Trânsito de Araxá, Renato de Alcino, pediu a suspensão do segredo de Justiça da primeira fase da operação "Malebolge", em Araxá. Durante entrevista a coletiva da Polícia Civil nessa terça-feira (15), a reportagem do Grupo Imbiara de Comunicação questionou o delegado sobre o levantamento do segredo de Justiça da primeira fase já finalizada. Na coletiva, o delegado falou sobre o encerramento do inquérito da primeira fase da operação e o porquê de ter pedido suspensão do segredo de Justiça de toda a primeira fase da operação.
“Vou pedir para o magistrado o levantamento do segredo de Justiça, porque se trata de crimes de ações de penais de natureza pública. Eu pedi também que as demais investigações prossigam com segredo de Justiça. Mas esta investigação, entregue ao poder judiciário, a Polícia Civil opinou que haja o levantamento do segredo de justiça”, contou o delegado Renato de Alcino.
O poder Judiciário agora irá aguardar a manifestação do Ministério Público para saber se as pessoas envolvidas na Operação "Malebolge" serão ou não denunciadas. Caso seja decidida a suspensão do segredo de Justiça, qualquer advogado poderá ter acesso ao inquérito.
"Malebolge"
A operação “Malebolge” investiga desvios de cerca de R$ 6 milhões dos cofres da Prefeitura de Araxá. Dez pessoas foram presas até agora na operação. As investigações foram divididas em três fases até o momento. Na primeira fase, foram presas cinco pessoas: a assessora Lucimary Ávila, que era Executiva 1 do gabinete do Gabinete do prefeito Aracely de Paula; Leovander Gomes de Ávila, que era assessor 1 para projetos habitacionais na Secretaria de Ação e Promoção Social; o ex-assessor de Administração da Secretaria de Fazenda Zeceli Campos Ribeiro e um casal proprietário de uma empresa de transporte que foi investigada na operação.
Na segunda fase da operação foram presas mais duas pessoas, o filho do casal proprietário da empresa de transporte investigada e um contador da empresa.
Na terceira fase, foram expedidos mais três mandados de prisão, e entre eles estava a coodenadora da Associação de Assistência a Pessoa com Deficiência de Araxá (FADA) e um outro empresário da cidade.
Foram indiciados por peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa, a ex-secretária de governo de Araxá Lucimary Ávila e Leovander Ávila, apontados como lideres da organização criminosa, o também ex-servidor Zeceli Campos Ribeiro, além do casal proprietário da empresa de transporte de van investigada, o empresário filho do casal, todos presos provisoriamente, e o outro empresário, que foi solto no último sábado (12). Os seis primeiros suspeitos seguem presos preventivamente.
Ouça um trecho da entrevista do delegado Renato de Alcino.